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Membros do Parlamento Europeu superam enorme obstáculo para o Restauro da Natureza: Os factos prevalecem sobre as “fake news” em votação crucial da Comissão de Ambiente

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Uma votação crucial em Estrasburgo manteve vivas as esperanças para sustento de milhões de trabalhadores e bem-estar do planeta. Com um raro empate no voto hoje [15 de junho] sobre o projeto de Lei de Restauro da Natureza, os deputados do Parlamento Europeu (MEP) da Comissão de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar (ENVI), rejeitaram uma tentativa de conservadores, extrema-direita e alguns eurodeputados liberais de rejeitar esta lei.

Liderados principalmente pelo Partido Popular Europeu (EPP) e seu presidente, o eurodeputado alemão Manfred Weber, os conservadores lançaram uma cruzada de notícias falsas contra a lei e as novas regras ambientais em geral. Os argumentos populistas que têm usado foram amplamente criticados por especialistas de um amplo espectro, incluindo empresas, cientistas, organizações da sociedade civil e do público em geral, que apontam para as inúmeras e diversas evidências que mostram que o restauro da natureza é vital se a UE quiser proteger subsistência de pescadores e agricultores, criar turismo sustentável e economias costeiras, preservar os sistemas alimentares e combater as alterações climáticas.

Os MEP começaram o árduo processo de voto de mais de 200 páginas de propostas de alteração à lei, mas o calendário apertado em Estrasburgo ditou que o voto em várias propostas de alteração, bem como o voto no relatório final fosse adiado para dia 27 de junho, em Bruxelas. A maioria dos votos foi rejeitada devido a um empate entre 44 votos a favor e 44 votos contra, e portanto cada voto irá contar para que uma Lei do Restauro da Natureza forte possa cruzar a linha da meta.

Após a votação, Tatiana Nuno, Responsável pelas Políticas Marinhas da Seas At Risk, disse:

“Hoje, os membros da Comissão de Ambiente deram um primeiro passo para restaurar a vida marinha e os ecossistemas em toda a Europa. A Lei de Restauro da Natureza é fundamental para combater as alterações climáticas, proteger a biodiversidade e assegurar o futuro dos pescadores europeus. Louvamos o facto dos MEP terem rejeitado as tentativas de abater a lei antes de ela chegar à sessão plenária. Agora, a luta continua – temos que parar os ataques da direita à natureza quando mais precisamos dela.”

Nicolas Fournier, diretor de campanha da Oceana Europe, disse:

“A votação de hoje na Comissão do Meio Ambiente, renhida e ainda inacabada, é uma mensagem encorajadora que uma pequena maioria de MEP progressivos são contra a rejeição da Lei do Restauro da Natureza, derrotando a campanha de desinformação tóxica liderada pelos partidos conservadores. Apelamos a estes MEP, sensíveis ao entendimento de que a prosperidade da sociedade depende do estado do ambiente, para serem vocais a favor da natureza quando o Parlamento concluir o voto no final do mês e deixar um legado na corrida para as Eleições Europeias de 2024.”

Gonçalo Carvalho, Coordenador Executivo da Sciaena, disse:

“O voto de hoje foi uma prova de que a democracia deve ser feita de diálogo e consenso e não de posições polarizadas. Os eurodeputados querem continuar a discutir a Lei do Restauro da Natureza e isso prova que há uma visão que humanidade e natureza podem coexistir de forma mais harmoniosa. Teremos que esperar pelo voto de dia 27 de junho para perceber se as nossas preocupações em termos de conservação marinha foram aceites pelos eurodeputados. Mas hoje a democracia ganhou e isso deve ser celebrado.”

#RestoreOcean

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