ONGs da Seas at Risk exigem o fim dos plásticos descartáveis
26 de Outubro, 2017
Os membros da coligação Seas at Risk – entre os quais se inclui a Sciaena – exigiram hoje à Comissão Europeia e aos Estados Membros a aplicação de medidas para a redução e/ou até a eliminação do uso de produtos de plástico descartável.
O comunicado vem na sequência de um estudo publicado hoje pela Seas at Risk que fornece alguns factos condenáveis sobre as quantidades de plástico descartável utilizado, parte do dia-a-dia na vida quotidiana dos europeus.
O estudo estima que anualmente na União Europeia (28 estados-membros) são consumidos:
46 mil milhões de garrafas de plástico
16 mil milhões de copos de plástico
580 mil milhões de beatas
2,5 mil milhões de embalagens de take-away
36,4 mil milhões de palhinhas.
Este tipo de produtos descartáveis representam um enorme desperdício de recursos, um elevado custo para os contribuintes em impostos para tratamento de resíduos e constituem em média 51% do lixo encontrado nas praias europeias.
O relatório também procura as soluções para este problema e destaca algumas iniciativas pioneiras para reduzir o uso de plástico. Os exemplos incluem sistemas de depósito com reembolso de garrafas na Noruega, iniciativas municipais para promover o uso da água canalisada on the go, a uniformização de copos de café reutilizáveis em Freiburg, na Alemanha, proibições municipais quanto ao uso de plástico descartável em eventos em Munique e a proibição de louça de plástico descartável em França.
”Este estudo vem mostrar o quanto ainda há por fazer em relação ao plástico descartável. O Governo português deve ter em conta estes dados e, com a maior urgência, proibir ou limitar o uso dos plásticos descartáveis. Portugal tem que ser um país líder nesta luta, incentivando o uso, produção e desenvolvimento de produtos alternativos e ecologicamente sustentáveis”, disse Claudia Soares da Sciaena.